A vida de Irineu Evangelista de Souza foi marcada pelas dificuldades e oportunidades advindas do nascimento de uma nova nação; para retratar a realidade histórica e de que forma este evoluiu no Brasil no âmbito do empreendedorismo, faz um retrocesso por volta dos anos de 1680 e 1777, onde os limites do Sul do Brasil eram disputados entre Espanhóis e Portugueses, e as diferenças eram resolvidas na guerra, ficando a divisa no lugar determinado pelo último combate, até que uma nova investida ou tratado de paz negociado na Europa modificasse a situação. Nesta época, os Portugueses se instalaram às margens do Prata bem em frente a Buenos Aires, os Espanhóis chegaram a tomar a ilha de Santa Catarina, mas nenhum dos dois lados conseguia sacramentar suas vitórias, e a fronteira alterava-se a cada investida bem-sucedida do adversário. Desde o início, estas terras tinham se mostrado como excelentes criadouros natural de gado, com milhares de cavalos e bois se multiplicando soltos e sem donos, atrativo para aventureiros a busca de riqueza e brigas constantes. A coroa portuguesa, interessada na ocupação do território, distribuía generosamente títulos de terra na zona de litígio (apesar de que a assinatura do Rei naquela região não dizia muita coisa), a maioria dos portugueses eram da região de Açores (super-povoada na época). Em meio a este contexto, em 1792, chegou o avó materno de Irineu Evangelista de Sousa, José Batista de Carvalho, que estabeleceu um rancho numa sesmaria de 4 mil hectares entre o arroios Grande e Chasqueiro a 500km de Montevidéu, logo depois o avó paterno, Manuel Jerônimo. Em 1810, o pai de Irineu Evangelista, João Evangelista de Ávila e Sousa casou-se com Mariana Batista de Carvalho em 1811, e em 1813 nasceu Irineu. Para manter o crescimento de seus negócios, João Evangelista de Ávila e Sousa, em 1819, saiu em uma excursão ao território uruguaio para a busca de mais gado e foi morto por um tiro (versões pouco claras chegaram para os familiares), ficando sua mãe viúva pela primeira vez com 24 anos. Tentou tocar os negócios e preferiu ensinar Irineu a ler e escrever a ter que fazer os serviços da fazenda, e este aproveitou o conhecimento oferecido pela mãe e logo dominou as letras e mostrou uma predileção pela matemática. Três anos após a morte do pai, sua mãe casa pela segunda vez com João Jesus e Silva, que não aceitava crianças de um outro pai. A solução foi casar sua irmã Guilhermina, com menos de doze anos com José Machado da Silva e mandar Irineu para o Rio de Janeiro para trabalhar no comércio com um tio seu (por parte de mãe) que tinha o mesmo nome de seu avô. Nesse contexto iniciou a história do empreendedor, que chegou no Rio com nove anos de idade e foi instalar-se na casa de n°155 da Rua Direita, que era o armazém e a sede dos negócios de João Rodrigues Pereira de Almeida, onde aprendeu todas as funções do armazém, sendo ensinado pelos mais velhos de casa que estranhavam a origem do menino, pois na época raros nativos do Brasil trabalhavam no comércio, sendo esta profissão exercida por mão-de-obra vinda direta da Metrópole, fato este manipulado pela Coroa, pois evitava que habitantes da colônia controlassem a atividade comercial. Logo vislumbrou a possibilidade de ser o caixeiro de escritório, tendo que dominar a contabilidade e passar por um exame da Real Junta de Comércio e Navegação, para ser reconhecido pelo patrão, que era de família importante do Sul e Pereira de Almeida negociava charque com ela, seu tio era homem de grande prestígio e respeito por comandar uma Nau de Pereira de Almeida e este último tomava conta de seu armazém bem de perto e conhecia seus funcionários e rendimentos. A empresa era bem prestigiada e estava envolvida em numa série de atividades complexas, negociando simultaneamente com centenas de pessoas nos três continentes. Pereira de Almeida era ao mesmo tempo comerciante, banqueiro, industrial, armador, além de cortesão e manipulador político, trabalhar em uma empresa como esta na época era o objetivo de qualquer caixeiro que quisesse vencer na vida. Com uma frota registrada em seu nome de treze navios, a base de todo o comércio de Pereira de Almeida era o tráfego de escravos a Coroa evitava por todos os meios que os habitantes da Colônia controlassem a atividade comercial, e a disputa entre Portugueses e Brasileiros era intensa. Irineu ascendeu dentro do organograma da empresa de João Rodrigues Pereira de Almeida, e aos quatorze anos tornou-se guarda-livros, responsável por toda escrituração das empresas de Pereira Almeida. Com menos de cinco anos de experiência e com quatorze anos de idade, Irineu já assumia a complexa rede de negócios do patrão. Por volta de 1828, houve um revés e as coisas mudaram para Pereira de Almeida, pois o tráfico de escravos estava acabando e a guerra com a Argentina, tornando a província Cisplatina no Uruguai(1), levaram o Banco do Brasil a ser um alvo para as perdas governamentais, fazendo com que o comerciante perdesse tudo que tinha, para consolar o Imperador que distribuía títulos de nobreza criados a granel, concedeu-lhe o título de Barão de Ubá, onde foi morrer (1830) em sua fazendo defendida por Irineu junto ao credor escocês Richard Carruthers. Assim, Irineu começou a trabalhar em 1829, Carruthers & CO, uma das maiores empresas de Carruthers, que o incentivou a aprender inglês e contabilidade da forma inglesa (em libras), e teve contatos com a maçonaria. Diferente dos Portugueses, os Ingleses não misturavam trabalho com a vida particular de seus empregados. Não havia o paternalismo característico dos Portugueses. No novo emprego havia hora para começar e finalizar os trabalhos e a maioria das empresas fechava aos domingos. Irineu aproveitou o tempo livre para se dedicar aos estudos, e encontrou o que precisava na biblioteca do novo patrão. Com o tempo a relação, patrão/empregado mudou para mestre/aluno. A agressividade dos Ingleses nos negócios, a ênfase ao capital, a confiabilidade Inglesa (2) permitindo ganhar dinheiro com empréstimos a juros, além da “arte” de ganhar com a variação do câmbio (3), foram elementos que influenciaram decisivamente Irineu. A política mundial da época anterior ao Primeiro Império sofria uma grande influência da Inglaterra e da França que eram as duas maiores potências de então. Esta influência também era sentida dentro da Maçonaria; com a abertura dos portos e com o crescente comércio com os ingleses, o número de Lojas Maçônicas ligadas as Lojas Inglesas aumentou. A ideia de uma república aos moldes franceses, não era interessante para a colônia Inglesa estabelecida no Brasil. Carruthers foi um maçom ligado as Lojas Inglesas, e através dele Irineu foi iniciado na Maçonaria. Ao ser aceito na Maçonaria, Irineu passou a desfrutar de um maior reconhecimento por parte de seu patrão, logo se destacou dos demais, aprendendo as minúcias do ofício e pela orientação de Carruthers. Leu muitos livros, dentre eles Adam Smith – A Riqueza das Nações - o original em Inglês que aproveitava para discutir com seu patrão. Após completar 22 anos, Irineu recebeu uma participação no capital da empresa e uma procuração de Carruthers, que lhe deu todos os poderes para administrar os negócios como se a firma fosse apenas dele. Em 25 de Outubro de 1837, Irineu comprou sua primeira casa. O cenário Nacional continuava complicado, as turbulências do primeiro Império, e a proibição do comércio de escravos, enfraqueceram muitos negociantes Portugueses e Brasileiros, além da própria Coroa, pelo não pagamento de taxas alfandegárias, que era a sua principal fonte de recursos; várias revoltas eclodiam nas províncias (Cabanagem/PA, Balaiada/MA, Sabinada/BA, Carneiradas/PE, Farroupilhas/RS) sempre se repetindo a história: liberais contra conservadores republicanos. Irineu se envolveu em uma destas revoltas fornecendo roupas e dinheiro a revoltosos (na fortaleza de Santa Cruz/RJ) e isto lhe causou problemas em 1839, indo assim visitar seu amigo e sócio Carruthers na Inglaterra a fim de acalmar os problemas. Em sua viagem à Inglaterra, apresentou grande entusiasmo por novidades. Teve como anfitrião um amigo de juventude (João Henrique Reynell de Castro), que contribuiu para abrir o seu caminho da fortuna. Assistiu a inauguração da ferrovia em 1830, entre Liverpool e Manchester, viu que os ingleses produziam fábricas com rapidez, mecanizando assim o desenvolvimento. Também notou que a ferrovia trazia consigo outros negócios (ferros e máquinas), sendo foco dos banqueiros ingleses. Menos de 20 anos depois da inauguração do trecho entre Liverpool e Manchester, havia 10 mil quilômetros de ferrovias na Inglaterra, com um investimento aproximado de 250 milhões de libras esterlinas. Percorreu fábricas de tecidos, estaleiros, fundições, estradas de ferro e bancos, se mostrava muito interessado em novos conhecimentos empíricos, perguntava sobre tudo e estudava manuais de funcionamento e catálogos, manteve também vários contatos econômicos, estudando os movimentos da época na Grande Potência Inglaterra. Em sua percepção, vislumbrava o desenvolvimento do Brasil e na volta de sua viagem da Inglaterra, abriu a empresa que deveria captar dinheiro na Inglaterra para ser investido no Brasil, visando a modernidade. Apesar da viagem para a Europa, os ânimos dos comerciantes do partido Conservador continuavam os mesmos perante a posição de Irineu e estes publicaram uma carta em 21 de Outubro de 1842, no Jornal do Comércio, com a notícia de que não tinha conexões com os rebeldes do Rio Grande do Sul, que eram os únicos homens em armas que o governo central precisava derrotar para consolidar seu poder. O efeito de tal carta foi devastador perante os amigos, pois a fama de traidor da causa logo se instaurou. Apesar disto, Irineu foi tido como traidor pelos amigos e era mal visto pelos governantes da época. Em 11 de Agosto de 1846, adquiriu o estabelecimento de fundição e estaleiros da Ponta de Areia em Niterói/RJ. Pensava em transformar a mesma em um estabelecimento de ponta, a moda inglesa, para tanto, teve que trazer a preço de ouro (propriamente dito) trabalhadores ingleses, pois não existia mão de obra qualificada na época, além de ter a regra de que uma pessoa de tez branca, não carregava nada e tinha que sempre ter um escravo que o fizesse. A falta de matéria-prima também o fez pensar fora da caixa, fazendo uma logística (hoje banal), mas que para a época saltava aos olhos, e passou a trazer minério de ferro de Minas Gerais no lombo de burros, importação de carvão, e peças para os defeitos nas máquinas.Firmou um contrato com o ministério do Império para canalizar o rio Maracanã com tubos de ferro, e como é de praxe, o governo não pagava e teve que diversificar a produção fazendo pregos, sinos para igrejas, máquinas de serrar, peças para engenhos de açúcar, guindastes, etc. Passou a aceitar serviços de reparos em navios e montou uma empresa no Rio Grande do Sul para operar um vapor que havia sido construído por ele. De forma inovadora na época, começou a administrar os funcionários de forma igualitária e distribuía lucros, incentivando que os mesmos abrissem seus próprios negócios ou aumentar o leque de opções (assumia prejuízos). Da mesma fábrica, saíram engenhos de açúcar completos (movidos a vapor), pontes de ferro, canhões de bronze para navios de guerra, navios a vapor completos, fornos siderúrgicos e bombas de sucção. Em 1849, o Uruguai se viu em sérios problemas, pois nenhum dos países que o subsidiavam queriam continuar a fazê-lo, tendo neste momento o crescimento do temor de invasão Argentina na figura do ditador na época (Juan Manuel de Rosas). O embaixador do Uruguai no Brasil na época (Andrés Lamas) pediu ajuda e o governo viu na figura de Irineu a forma de ajudar sem ser notado. Com isto, Irineu emprestou dinheiro para financiar a guerra contra a Argentina. Em Fevereiro de 1852 o exército de Rosas foi derrotado sem um único tiro, pois acertos monetários foram feitos nos bastidores com comandantes desertores argentinos. Este fato fez com que o governo Uruguaio reconhecesse uma dívida pública junto a Irineu e a partir de 15 de Maio de 1852, ele tornou-se o maior credor do governo Uruguaio e com direito sobre a aduana. Com isto, a navegação do Rio Prata foi aberta, fluindo o comércio local. Aproveitando a situação do fechamento do tráfico de escravos e notando um grande valor monetário na praça sem um destino certo, Irineu em 1851, abriu o Banco Commercial, vislumbrando as aplicações em um futuro promissor de progressos intermináveis (fábricas, telégrafos, estradas de ferro). Começou a comprar a moeda nacional (réis) fazendo um câmbio favorável a quem vendia e trocava por libras esterlinas (moeda forte). A corrida ao banco foi muito grande, em pouco tempo estava quase que com toda moeda nacional em seus cofres ao troco da libra. Começou a faltar (réis) para negócios nacionais e ele mais que depressa começou a vender (réis) e comprar (libras), dando primeiro golpe no câmbio. Nessa época, chegou no Brasil informes de que os americanos queriam abrir o Amazonas para livre exploração e navegação, tal fato alarmou as defesas brasileiras e o governo convocou mais uma vez Irineu, propondo que o mesmo abrisse na região norte uma empresa de exploração / navegação do rio Amazonas, explorando assim o comércio dos povoados ribeirinhos muito dispersos, desafio este aceito por ele. Em 1852, Irineu ganhou a concorrência entre três empresas para fornecer a Iluminação a gás das ruas da cidade do Rio de Janeiro e fundou a empresa Imperial Companhia de navegação a vapor e Estrada de Ferro de Petrópolis. Ainda neste ano, quatro meses antes do prazo prometido para o governo, começou a funcionar a Companhia de Navegação e Comércio do Amazonas. Em 1853, o dia da queda do gabinete de Itaboraí, Irineu levou um grupo de jornalistas e embaixadores para fazerem uma pequena viagem inaugural, sendo esta a primeira viagem de trem a ser noticiada na história do Brasil. Foi assim que foi agraciado com o primeiro título de Nobreza – Barão de Mauá, em 30 de Abril de 1854, em cerimônia pomposa com a presença da família Real, quando inaugurou a Companhia de Navegação a Vapor e Estrada de Ferro de Petrópolis. Em 31 de Julho de 1854, três meses após a inauguração da estrada de ferro, o Barão de Mauá inaugurou uma nova forma de Banco, o Banco Internacional a Mauá Mac Gregor & CIA, com a proposta de auxiliar todas as operações na Europa e também fornecer crédito para operações locais, onde iria competir com os financiadores tradicionais (os bancos europeus), criando assim a primeira agência de Câmbio a funcionar em âmbito nacional. No mesmo ano da inauguração do Banco Internacional Mauá, comprou uma fábrica de velas e sabão de um francês com problemas financeiros. Adquiriu a Companhia Fluminense de Transportes (34 carroças de burro, mais de 100 mulas). Entrou com um aporte técnico em uma concessão para explorar ouro no Maranhão. Também montou uma fábrica de diques flutuantes, sugerido por um de seus funcionários de Ponta de Areia. Em Agosto de 1855, o Barão de Mauá assumiu uma posição de deputado (como suplente) pelo partido Liberal. Nunca compactuou com o discurso amoral que dominava a época (interesse público), colocando-se abertamente como empresário, colecionando derrotas atrás de derrotas nesta área. Com visão de negócios, estabeleceu para seus engenheiros a tarefa de estudarem os caminhos que a nova estrada de ferro ligando o porto de Santos ao interior Paulista, possibilitando assim o escoamento da produção. Em 1856, recebeu a concessão da construção da estrada de ferro. Decorridos 06 anos após o final da guerra no Uruguai, Mauá resolveu transformar seu escritório de representação em Montevidéu numa mistura de empresa comercial e casa bancária. Em 1857, algumas de suas aquisições não se mostravam lucrativas, entre elas a Companhia Fluminense de Transporte, a Mineradora do Maranhão, a Santos-Jundiaí e a Companhia de diques flutuantes. Além disso, grande incêndio (narrado pela família como criminoso a mando dos ingleses) devastou a fábrica de Ponta de Areia, destruindo moldes da construção de navios. Em 1858 inaugurou mais um Banco, em Buenos Aires, na Argentina, expandindo os negócios do Uruguai. Em 1865 depois de vários percalços, vendeu a Companhia de Iluminação a Gás do Rio de Janeiro e passou por sérias dificuldades. Em 1867, criou a Mauá & CIA, uma empresa comercial como nas origens de sua formação, tendo como base a desativação de seu império para saldar dividas e problemas sofridos. Juntou seu numerário e mesmo com a derrocada, possuía no conjunto da obra a quantia de 115 mil contos de réis, equivalente a 12 milhões de libras esterlinas e 60 milhões de dólares. Em 1874, recebeu uma carta tornando-o o Visconde de Mauá, devido a seu empenho na instalação dos cabos submarinos de telégrafo que ligou o Brasil à Europa. Em 1875, fechou o Banco do Uruguai e foi perseguido pelo povo, perdendo tudo, porém liquidou todos os seus negócios e saldou todas suas dividas, vendendo seus pertences pessoais. Afastou-se da vida pública e morreu completamente esquecido pela sociedade em 21 de outubro de 1889, sendo levado de Petrópolis para ser enterrado no cemitério da Ordem Terceira dos Mínimos de São Francisco, em Catumbi, no Rio de Janeiro, sendo o féretro deslocado de trem através dos trilhos da estrada de ferro de sal fundação, The Rio de Janeiro & Northern Railway. Análise Comparativa do comportamento empreendedor do Barão de Mauá a partir das teorias sobre empreendedorismo O exemplo do Barão de Mauá retrata sua trajetória como o primeiro grande empreendedor brasileiro numa época adversa, o Brasil no Século XIX. Analisando o contexto histórico do país, observa-se que muito de seu desenvolvimento deve-se a inovação criada por Irineu Evangelista, que aproveitou as oportunidades que teve para trazer ao Brasil conhecimentos e desenvolvimento do capitalismo. Para Lira (2005), nos dias atuais, a administração possui a disposição uma infinidade de técnicas que visam diminuir ao máximo os riscos de insucesso de um novo negócio. Porém, no século XIX e início do século XX, os únicos meios possíveis de analisar um negócio eram alguns cálculos financeiros e o bom senso. Esta situação fazia com que os riscos, principalmente nos negócios pioneiros, fossem difíceis de mensurar por se tratar de um caminho ainda não percorrido e, portanto, sem parâmetros de comparação. Embora as pesquisas na área de empreendedorismo constatem diferenças entre aspectos considerados cruciais pelo fato de que as características empreendedoras variam em função da atividade que o empreendedor desenvolve em uma dada época ou de acordo com a fase de crescimento da empresa, a análise histórica mostra Mauá como um ícone da inovação e seu comportamento é embasado pelas teorias do empreendedorismo, sendo seu comportamento distinto a outros empreendedores, que em alguns estudos, são observados como indivíduos que não eram receptivos ao conhecimento. Observações: (1) Montevidéu havia sido tomada por ordem do Rei D. João IV, em decorrência dos inúmeros problemas fronteiriços envolvendo os espanhóis divididos em três facções em disputa pelo poder – os fiéis aos Reis Boubon, os fiéis a Bonaparte e os que queriam a implantação da república. (2) A frase “palavra de Inglês” era famosa e significava promessa rigorosamente cumprida. (3) Os Ingleses adquiriam libras na entre safra, comprando-as a preço baixo, e as vendiam na época de negociação da safra, momento de alta procura pela moeda, vendendo-as com uma alta margem de lucro. Bibliografia CALDEIRA, J. Mauá: O empresário do Império. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. LIRA, R. A. O discurso empreendedor e os caminhos do progresso. Perspectivas, Campos dos Goytacazes, v.4, n.8, p.45- 61, julho/dezembro 2005. TORRES, C. V. Leadership styles norms among Americans and Brazilians: assessing differences using jackson’s return potencial model. San Diego: California Scholl of Professional Psychology, 1999 |
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
AS OPORTUNIDADES HISTÓRICAS DO VISCONDE DE MAUÁ
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