A divisão do continente africano teve seu início
na segunda parte do século XIX. Porém, foi um pouco depois, na Conferência
de Berlim (1884 – 1885) que a delimitação das fronteiras da África
atingiu seu ponto máximo. Nesta conferência foram decididas normas a
serem obedecidas pelas potências colonizadoras. Apesar do intuito inicial da
reunião ter sido o de acertar os limites de interesse econômicos destes países
na região, não foi possível alcançar um equilíbrio entre as ambições
imperialistas de cada nação. A partilha da África foi decidida por
Rússia, EUA e 14 países da Europa.
Líder do imperialismo na época, a Inglaterra
dominou o norte do Mar Mediterrâneo até o extremo Sul do continente
africano, região onde se encontrava o Cabo da Boa Esperança. Um importante
nome britânico neste processo foi o de Benjamin Disraeli, que conseguiu
tomar o Canal de Suez do completo domínio francês e
egípcio. Este canal encurtava a distância entre os centros da indústria
européia e as áreas de colonização da Ásia, além disso, ligava o mar
Mediterrâneo ao Mar Vermelho. Disraeli adquiriu ações do governo egípcio,
fazendo com que o canal de Suez e todo Egito tivessem dupla administração:
inglesa e francesa. Já em 1904, o governo inglês apoiou a França na conquista
do Marrocos, tendo como moeda de troca o abandono dos franceses das terras
egípcias. Por fim, em 1885, a Inglaterra ainda anexou o Sudão, país ao Sul do
Egito.
A França, apesar de ter perdido o Egito para os britânicos, dominava Argélia, Tunísia, ilha de Madagascar, Somália Francesa,
Marrocos e Sudão (depois dominado pela Inglaterra) desde 1830.
Guerras
Com a constante presença dos europeus no continente
africano, desencadearam-se diversas disputas colonialistas. Uma delas foi a Guerra
dos Bôeres(1899-1902). A Inglaterra, que dominava há muito tempo a Colônia do
Cabo (África do Sul), entrou em conflito com os bôeres – colonos holandeses que
dominavam Orange e Transvaal. A descoberta de ouro e diamantes na região e
Joanesburgo, área dos bôeres, foi o que atraiu o interesse britânico. A Guerra
dos Bôeres estourou em 1899 e foi até 1902. A Inglaterra saiu vitoriosa e
anexou o território de Orange e Transvaal às suas colônias.
Outros países
A Alemanha dominava a região que atualmente é conhecida como República
dos Camarões, Togo, sudeste e oriente da África. Já a Itália deteve o
litoral da Líbia, Somália e Eritréia. A Bélgica ficou com o
Congo.
Consequências
Esta divisão, feita de acordo com os interesses coloniais,
criou conflitos na sociedade africana, problemas étnicos, econômicos e
políticos. Nenhum regime político funcionou no continente. O socialismo não foi
eficiente e os estados capitalistas tornaram-se tristes exemplos do mau
funcionamento da economia liberal. A miséria que toma a população do continente
tem origens na dívida externa que cresce a cada ano.
Veja abaixo a ocupação ao longo do final do século XIX.
Leia também:
Imperialismo na África
Fontes:
COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e geral. São Paulo: Editora Saraiva, 2005.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Partilha_de_África
http://sinaisdahistoria.blogspot.com/2009/02/imperialismo-partilha-da-africa.html
COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e geral. São Paulo: Editora Saraiva, 2005.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Partilha_de_África
http://sinaisdahistoria.blogspot.com/2009/02/imperialismo-partilha-da-africa.html
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