sexta-feira, 21 de novembro de 2014

REVISÃO PARA AVALIAÇÃO BIMESTRAL DE HISTÓRIA - 9o ano - 8a série


I – Relacione as colunas.(1,0)
a)                  Governo Dutra                    (  e  )  Reformas de  base  
b)                  Governo Vargas                  (  c   ) “50 anos em 5”                                              
c)                   Governo JK                          (   d  ) “slogan da vassoura”
d)                  Governo Jânio Quadros     (   b  ) “pai dos pobres”                         
e)                  Governo João Goulart        (   a  ) ‘plano Salte”

II – Marque a única resposta correta.
A Revolução de 1930 foi apoiada por grupos heterogêneos, sem grandes rupturas, promoveu sob a liderança de Getúlio Vargas um novo encaminhamento para o Estado brasileiro. Identifique estes traços nas alternativas a seguir (1,0)
(A) O Estado getulista incentivou o capitalismo nacional, promovendo a aliança entre setores da classe trabalhadora urbana e a burguesia nacional.
(B) Para Vargas, a questão social permanecia um caso da polícia e o modelo econômico passou a ser apoiado pelo capital estrangeiro.
(C) As decisões econômico-financeiras foram descentralizadas, tendo o presidente reduzidos poderes do executivo.
(D) Preservaram-se as relações clientelistas, mantendo-se a oligarquia cafeeira no poder como antes de 1930.

III - “A palavra revolução tem sido empregada de modo a provocar confusões... No essencial, porém, há pouca confusão quanto ao seu significado central: sabe-se que a palavra se aplica para designar mudanças drásticas e violentas na estrutura da sociedade.” (FLORESTAN Fernandes. O que é Revolução . SP: Brasiliense, 1981, p.7 e 8.)
Explique por que, segundo o conceito proposto por Florestan Fernandes, o movimento político de 1964 não foi uma revolução. (2,0)
O movimento de 1964 não pode ser visto como uma revolução, na medida em que ele não estabelece a inversão da hierarquia social e econômica que se desenvolvia no país naquele período. De fato, observando as ações tomadas pelos militares ao longo das duas décadas que estiveram no poder, notamos que as ações autoritárias tinham amplo interesse em preservar as políticas e relações econômicas exploratórias que dominavam a nação

IV – O Estado Novo, período que se seguiu ao golpe de Getúlio Vargas (10/11/1937 até 29/10/1945) caracterizou-se: (0,5)
(A) pela centralização político-administrativa, eliminação da autonomia dos estados e extinção dos partidos políticos.
(B) pela proliferação de partidos políticos, revogação da censura, descentralização político-administrativa.
(C) pela perseguição aos comunistas, pela elaboração de uma constituição liberal chamada de “Polaca” e pela censura prévia.
(D) pelo movimento tenentista, reconhecimento dos partidos de esquerda e estabelecimento das eleições diretas

V - Faça a leitura do seguinte texto:
“Impôs-se à Alemanha uma paz punitiva, justificada pelo argumento de que o Estado era o único responsável pela guerra e todas as suas consequências (...)” HOBSBAWM, Eric J., Era dos extremos: o breve século XX: 1914 – 1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. Qual foi o principal tratado assinado após a Primeira Guerra Mundial, que pôs fim à guerra? (0,5)
(a) Tratado de Paris
(b) Tratado de Versalhes
(c) Paz de Wilson
(d) Acordo Internacional de Paz
(e) Paz de Wilson

VI - O que foi o Plano Cohen? Qual o motivo deste plano? (2,0)
o golpe de 1937. O PCB, que surgiu em 1922, havia criado a Aliança Nacional Libertadora, mas Getúlio Vargas a declarou ilegal, e a fechou. Assim, em 1935, a ANL (segundo alguns, com o apoio da Internacional Comunista Comintern) montou a Intentona Comunista, uma revolta contra Getúlio Vargas, mas que este facilmente conteve. Em 1937, os integralistas forjaram o "Plano Cohen", em que dizia-se que os socialistas planejavam uma revolução maior e mais bem-arquitetada do que a de 1935, e teria o amplo apoio do Partido Comunista da União Soviética. Os militares e boa parte da classe média brasileira, assim, apóiam a idéia de um governo mais fortalecido, para espantar a idéia da imposição de um governo socialista no Brasil. Com o apoio militar e popular, Getúlio Vargas derruba a Constituição, e declara o Estado Novo


AVALIAÇÃO BIMESTRAL DE HISTÓRIA - 8o. ano - 7a. série


I – O senhor de engenho é título a que muitos aspiram, porque traz consigo o ser servido, obedecido e respeitado de muitos." O comentário de Antonil, escrito no século XVIII, pode ser considerado característico da sociedade colonial brasileira porque:
a) a condição de proprietário de terras e de homens garantia a preponderância dos senhores de engenho na sociedade colonial.
b) a autoridade dos senhores restringia-se aos seus escravos, não se impondo às comunidades vizinhas e a outros proprietários menores.
c) as dificuldades de adaptação às áreas coloniais levaram os europeus a organizar uma sociedade com mínima diferenciação e forte solidariedade entre seus segmentos.
d) as atividades dos senhores de engenho não se limitavam à agroindústria, pois controlavam o comércio de exportação, o tráfico negreiro e a economia de abastecimento.
e) o poder político dos senhores de engenho era assegurado pela metrópole através da sua designação para os mais altos cargos da administração colonial.
II – Os primitivos habitantes do Brasil foram vítimas do processo colonizador. O europeu, com visão de mundo calcada em preconceitos, menosprezou o indígena e sua cultura. A acreditar nos viajantes e missionários, a partir de meados do século XVI, há um decréscimo da população indígena, que se agrava nos séculos seguintes. Os fatores que mais contribuíram para o citado decréscimo foram:
a) a captura e a venda do índio para o trabalho nas minas de prata do Potosí.
b) as guerras permanentes entre as tribos indígenas e entre índios e brancos.
c) o canibalismo, o sentido mítico das práticas rituais, o espírito sanguinário, cruel e vingativo dos naturais.
d) as missões jesuíticas do vale amazônico e a exploração do trabalho indígena na extração da borracha.
e) as epidemias introduzidas pelo invasor europeu e a escravidão dos índios
III - Onde se localizava o Império Asteca?
( X ) México
(    ) Argentina
(    ) Suriname
(    ) Brasil
IV - As civilizações pré-colombianas que se desenvolveram na região da Mesoamérica (onde hoje está parte do México, Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua) – civilização asteca e civilização maia – foram consideradas bastante avançadas para os europeus que com elas travaram o primeiro contato. Aponte a alternativa abaixo que contenha alguns dos aspectos definidores desta característica de “civilização avançada”:
a) Astecas e maias possuíam uma sofisticada tecnologia de navegação ultramarina que possibilitou a exploração das regiões litorâneas da América do Sul.
b) As grandes cidades destas civilizações, como Teotihuacán, possuíam um grande sistema de infraestrutura, tendo desenvolvido grandes templos, grandes vias e praças para comércio e comportavam até mais de 100.000 habitantes dentro de seus domínios.
c) Astecas e maias não faziam sacrifícios cruentos (morte de pessoas ou animais), pois já havia entre essas civilizações um avançado sistema religioso, como o Cristianismo e o Budismo.
d) Essas duas civilizações tinham em comum o fato de possuírem um sofisticado sistema astronômico e um exímio domínio da pólvora.
e) As cidades pré-colombianas da Mesoamérica não tinham templos grandiosos, pois haviam concebido um tipo de estado laico, com administração burocrática isenta de interferências religiosas

V - A produção de açúcar no Brasil colonial: 
A - possibilitou o povoamento e a ocupação de todo o território nacional, enriquecendo grande parte da população;
B - praticada por grandes, médios e pequenos lavradores, permitiu a formação de uma sólida classe média rural;
C - consolidou no Nordeste uma economia baseada no latifundiário monocultor e escravocrata que atendia aos interesses do sistema português;
D - desde o início garantiu o enriquecimento da Região Sul do país e foi a base econômica de sua hegemonia na República;
E - não exigindo muitos braços, desencorajou a importação de escravos, liberando capitais para atividades mais lucrativas.
VI - Duas atividades econômicas destacaram-se durante o período colonial brasileiro: a açucareira e a mineração. Com relação a essas atividades econômicas, é correto afirmar que: 
a) na atividade açucareira, prevalecia o latifúndio e a ruralização, a mineração favorecia a urbanização e a expansão do mercado interno
b) o trabalho escravo era predominante na atividade açucareira e o assalariado na mineradora. 
c) o ouro do Brasil foi para a Holanda e os lucros do açúcar serviram para a acumulação de capitais ingleses. 
d) geraram movimentos nativistas como a Guerra dos Emboabas e a Revolução Farroupilha. 
e) favoreceram o abastecimento de gêneros de primeira necessidade para os colonos e o desenvolvimento de uma economia independente da Metrópole.

VII - A VINDA DA FAMÍLIA REAL AO BRASIL – LEIA O TEXTO E A SEGUIR RESPONDA AS QUESTÕES
A instalação da família real portuguesa no Brasil, há 200 anos, foi responsável por uma transformação política no país. Para o Rio de Janeiro, a herança foi ainda maior. Quando o príncipe regente desembarcou no Rio de Janeiro, a cidade já era a segunda mais rica do Império, atrás apenas de Lisboa. Mesmo assim, foi de uma hora para outra que ela deixou de ser a capital de uma colônia para se transformar na Corte do império português.
A prioridade de Portugal era manter suas colônias e a segurança do seu reino. No início do século XIX Napoleão Bonaparte era imperador da França. Ele queria conquistar toda a Europa e para tanto derrotou os exércitos de vários países. Mas não conseguiu vencer a marinha inglesa.
Nessa época, Portugal era governado pelo príncipe regente Dom João. Como Portugal era um antigo aliado da Inglaterra, Dom João ficou numa situação muito difícil: se fizesse o que Napoleão queria, os ingleses invadiriam o Brasil, pois estavam muito interessados no comércio brasileiro; se não o fizesse, os franceses invadiriam Portugal.
A solução que Dom João encontrou, com a ajuda dos aliados ingleses foi transferir a corte portuguesa para o Brasil. Em novembro de 1807, Dom João com toda a sua família e sua corte partiu para o Brasil sob a escolta da esquadra inglesa. 15 mil pessoas vieram para o Brasil em quatorze navios trazendo suas riquezas, documentos, bibliotecas, coleções de arte e tudo que puderam trazer. Quando o exército de Napoleão chegou em Lisboa, só encontrou um reino abandonado e pobre.
O Brasil ainda era uma colônia de Portugal. Tudo o que produzíamos era enviado à metrópole. Não podíamos fazer comércio com outros países, nem ter nossas próprias moedas, jornais e livros. Além do isolamento, faltavam boas estradas e moradia para a população.
O príncipe regente desembarcou em Salvador em 22 de janeiro de 1808. Ainda em Salvador Dom João abriu os portos do Brasil aos países amigos, permitindo que navios estrangeiros comercializassem livremente nos portos brasileiros. Essa medida foi de grande importância para a economia brasileira.
De Salvador, a comitiva partiu para o Rio de Janeiro, aonde chegou em 08 de março de 1808. O Rio de Janeiro tornou-se a sede da corte Portuguesa. Com a chegada da Família Real ao Brasil, novos tempos para a colônia!
. Chegaram a Salvador depois de 54 dias no mar; trouxeram louças, pratarias, móveis, obras de ate, até duas pequenas carruagens.
. D. João criou três ministérios: o da Guerra e Estrangeiros, o da Marinha e o da Fazenda e Interior; instalou também os serviços auxiliares e indispensáveis ao funcionamento do governo, entre os quais o Banco do Brasil, a Casa da Moeda, a Junta Geral do Comércio e a Casa da Suplicação (Supremo Tribunal).
. Dom João cria o Jardim de Aclimação, atual Jardim Botânico do Rio de Janeiro e a Escola Médica Cirúrgica de Salvador.
. Construiu estradas; os portos foram melhorados.
. Foram introduzidas no país novas espécies vegetais, como o chá.
. Promoveu a vinda de colonos europeus.
. A produção agrícola voltou a crescer. O açúcar e do algodão, passaram a ser primeiro e segundo lugar nas exportações, no início do século XIX.

Agora responda:
A-) Porque a família real portuguesa veio para o Brasil? Em que cidade Dom João se instalou?
Para fugir da expansão napoleônica, D. João e a corte fugiram para sua colônia mais próspera (rica), o Brasil, após uma breve parada em Salvador, instalaram-se definitivamente no Rio de Janeiro.

B-) Cite algumas das obras realizadas por D.João nesse período:
Biblioteca Nacional, Teatro Real, Jardim Botânico, Banco do Brasil, Faculdade de Medicina, entre outras.

C-) Relaciona as frases abaixo, de maneira que elas formem afirmações verdadeiras.
1
A vinda da Corte portuguesa para o Brasil ocorreu porque
1
o governo português não obedeceu o bloqueio imposto pelos franceses
2
Os grandes proprietários brasileiros apoiaram a independência do Brasil porque
3
o Brasil passou a ter liberdade de comércio com outros países, além de Portugal.
3
Com a abertura dos portos às nações amigas
2
não aceitavam o domínio português nem o fim da liberdade de comércio

     

domingo, 16 de novembro de 2014

HOLOCAUSTO E NAZISMO


Após a I Guerra Mundial (1914 – 1918) a Alemanha foi a grande derrotada. Em 1918 o imperador Guilherme II abdicou do trono e proclamou a República, vindo em 1919 a ser aprovada a constituição que faria da Alemanha uma República Federal, a República de Weimar.
A partir de 1919, após a assinatura do Tratado de Versalhes onde eram impostas humilhantes e duras condições à Alemanha, o governo Republicano tornou-se impopular, o descontentamento aumentava devido à crise econômica vivida, provocada pelas destruições e gastos de guerra e também pelo pagamento de indemnizações exigido pelos vencedores. Toda esta instabilidade política passava a imagem de incapacidade do Governo para resolver a situação. Assim, o operariado, o campesinato, a pequena e média burguesia descontentes passaram a apoiar os partidos de esquerda e os de extrema-direita, ganhando relevo o partido Nacional Socialista, mais conhecido por Partido Nazi fundado em 1919 e dirigido por Adolf Hitler.
Em 1923 houve um golpe de Estado em que Hitler participou com o objectivo de tomar o poder. Não tendo êxito, Hitler foi preso, vindo a escrever a obra Mein Kampf (Minha Luta) na prisão, que seria publicada em 1925. Nesta obra estavam expressos os princípios do Partido Nazi, a necessidade de um "espaço vital”, o anti-semitismo, o racismo, o culto do chefe, a primazia do Estado, o totalitarismo.
Em 1934, com a morte do Presidente Hindenburg, realizou-se um plebiscito, a fim de examinar a opinião do povo alemão sobre a concentração de poderes, iniciando-se então o “III Reich” (III Império).
No poder, Hitler pôs em prática os princípios nazis, dissolveu os sindicatos, entregou a membros do Partido Nazi os postos-chave da administração e da política, extinguiu todos os outros partidos, adotou um novo estandarte, com as cores vermelho (“ideia social do movimento”) e branca (“ideia nacionalista”), com a cruz suástica (“luta necessária para a vitória do povo ariano”) desenhada.
Qualquer pessoa que fosse suspeita de ser contra o regime, era internada em campos de concentração, colocada em “ghettos” (comunidades judaicas onde toda a atividade era controlada) ou torturada e morta pela Gestapo. Contudo, a censura não se ficava por aqui, a rádio e o cinema estavam sob a tutela do Ministério da Propaganda (chefiado por Paul Joseph Goebbels), as obras literárias e artísticas eram censuradas pelo partido. Em 1933, em Berlim, foram queimados mais de 25 mil livros considerados perigosos. Foram também criadas organizações juvenis, tal como a Juventude Hitleriana, com o fim de formar os jovens segundo a ideologia nazi.
      
Passando a intervir na economia, incentivou a indústria e a agricultura, estabilizou os preços e os salários, combateu o desemprego realizando obras públicas. Colocou em prática o rearmamento e a militarização para uma Segunda Guerra Mundial (que viria a ocorrer entre 1939 e 45), uma vez que não aceitava as cláusulas do Tratado de Versalhes de 1919. Em 1935 passou a ocupar e a incorporar novos territórios.
Podemos concluir que enquanto Hitler esteve no poder, foram feitas mudanças de infra-estrutura, política, social, econômica, educacional, médica e  também foram executadas milhões de pessoas nos campos de concentração e ainda que não haja provas de que ele deu tal ordem, este período foi considerado o mais tenebroso na História da Alemanha e na da Humanidade.

domingo, 9 de novembro de 2014

ADOLF HITLER - BIOGRAFIA

Nascido em 1889, na cidade austríaca de Braunau, Alta Áustria, Adolf Hitler era filho de Alois Hitler, funcionário aduaneiro. Sua mãe, Klara Hitler era prima de seu pai e foi até a casa de Alois para cuidar da sua mulher que já se apresentava adoentada e prestes a morrer. Depois de enviuvar-se, Louis decidiu casar-se com Klara. Para isso, teve que pedir permissão à Igreja Católica, que só liberou o casamento depois da gravidez de Klara.
Do matrimônio de Louis e Klara nasceram dois filhos: Adolf e Paula. Durante os primeiros anos de sua juventude, Adolf era conhecido como um rapaz inteligente e mal-humorado. Na adolescência, foi duas vezes reprovado no exame de admissão da Escola de Linz. Nesse mesmo período começou a formular suas primeiras ideias de caráter antissemita, sendo fortemente influenciado pelo professor chamado Leopold Poetsch.

A relação de Hitler com seus pais era bastante ambígua. À mãe, dedicava extremo carinho e dedicação. Com o pai tinha uma relação conflituosa, marcada principalmente pela oposição que Louis fazia ao interesse de Adolf pelas artes e pela arquitetura. Frustrado com o seu insucesso na sequência de seus estudos, Hitler mudou-se para Viena, aos 21 anos, vivendo de pequenos expedientes. Vivendo em condições precárias, mudou-se para Munique quando tinha 25 anos de idade.

Com a explosão da Primeira Guerra Mundial, decidiu se alistar voluntariamente no Exército Alemão, incorporando o 16º Regimento de Infantaria Bávaro. Lutando bravamente nos campos de batalha, conquistou condecorações por bravura durante sua atuação militar e recomendações de um superior de origem judaica. Depois de se recuperar de uma cegueira temporária, voltou para Munique trabalhando no departamento de imprensa e propaganda do Quarto Comando das Forças Armadas.
Em 1919, depois de presenciar a derrota militar alemã, filiou-se a um pequeno grupo político chamado Partido Trabalhista Alemão. Em meio às mazelas que o povo alemão enfrentava, esse partido discutia soluções extremas mediante os problemas da Alemanha. Entre outros pontos, pregavam a extinção dos tratados da Primeira Guerra, a exclusão socioeconômica da população judaica, melhorias no campo econômico e a igualdade de direitos políticos.
Utilizando seus grandes dotes oratórios, Hitler começou a angariar a adesão de novos partidários e propôs a mudança do partido para o nome de Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães. A renovação do nome acompanhou a criação de uma nova simbologia ao partido (uma bandeira vermelha com uma cruz gamada) e a incorporação de milícias comprometidas a defender o ideal do partido. As chamadas Seções de Assalto (SA) eram incumbidas de perturbar as reuniões de grupos marxistas, estrangeiros e comunistas.
Dois anos depois de integrar o partido, Hitler tornara-se chefe supremo do Partido Nazista (contração do termo alemão “Nationalsozialist”). Agrupado a um pequeno grupo de partidários, Hitler esboçou um golpe político que foi contido pelas autoridades alemãs. No ano de 1923, foi condenado a cinco anos de prisão, dos quais só cumpriu apenas oito meses. Nesse meio tempo, escreveu as primeiras linhas de sua obra (um misto de autobiografia e manifesto político) chamada “Mein Kampf” (Minha Luta).
Liberto, resolveu remodelar as diretrizes de seu partido incorporando diretrizes do fascismo, noções de disciplina rígida e a formação de grupos paramilitares. Adotando uma teoria de cunho racista, Hitler dizia que o povo alemão era descendente da raça ariana, destinada a empreender a construção de uma nação forte e próspera. Para isso deveriam vetar a diversidade étnica em seu território, que perderia suas forças produtivas para raças descomprometidas com os arianos.
No campo político, o partido de Hitler era contrário à definição de um regime político pluripartidário. A diferença ideológica dos partidos somente serviu para a desunião de uma nação que deveria estar engajada em ideais maiores. Dessa forma, as liberdades democráticas eram vetadas em favor de um único partido liderado por uma única autoridade (no caso, Hitler), que estaria comprometido com a constituição de uma nação soberana. Entre outras coisas, Hitler defendia a construção de um “espaço vital” necessário para a nação ariana cumprir seu destino.
O ideário nazista, prometendo prosperidade e o fim da miséria do povo alemão, alcançou grande popularidade com a crise de 1929. Os nazistas organizavam grandes manifestações públicas onde o ataque aos judeus, marxista, comunistas e democratas eram sistematicamente criticados. Prometendo trabalho e o fim das imposições do Tratado de Versalhes, os nazistas pareciam prometer ao povo alemão tudo que ele mais precisava. Em pouco tempo, grupos empresariais financiaram o Partido Nazista.
No início da década de 1930, o partido tinha alcançado uma vitória expressiva que se manifestou na presença predominante de deputados nazistas, ocupando as cadeiras do Poder Legislativo alemão. No ano de 1932, Hitler perdeu as eleições presidenciais para o marechal Hindenburg. No ano seguinte, não suportando as pressões da crise econômica alemã, o presidente convocou Hilter para ocupar a cadeira de chanceler. Em pouco tempo, Hitler conseguiu empreender sucessivos golpes políticos que lhe deram o controle absoluto da Alemanha.
Depois de aniquilar dissidentes no interior do partido, na chamada Noite dos Longos Punhais, Hitler começou a colocar em prática o conjunto de medidas defendidas por ele e o partido nazista. Organizando várias intervenções na economia, com os chamados Planos Quadrienais, Hitler conseguiu ampliar as frentes de trabalho e reaquecer a indústria alemã. A rápida ascensão econômica veio seguida pela ampliação das matérias primas e dos mercados consumidores. Foi nesse momento que a teoria do Espaço Vital fora colocada em prática.
Hitler, tornando-se um grande líder carismático e ardoroso estrategista, impôs à Europa as necessidades do Estado nazista. Depois de exigir o domínio da região dos Sudetos e assinar acordos de não agressão com os russos, o governo nazista tinha condições plenas de por em prática seu grande projeto expansionista. Com o início da Segunda Guerra, Hitler obteve grandes vitórias que pareciam lhe garantir o controle de um amplo território, suas profecias pareciam se cumprir.
Somente após a invasão à Rússia e a entrada dos EUA no conflito, a dominação das forças nazistas pôde ser revertida. A vitória dos Aliados entre 1943 e 1944 colocou Hitler em uma situação extremamente penosa. Resistindo à derrota, Hitler resolveu se refugiar em seu bunker, em Berlim. Himmler, um dos generais da alta cúpula nazista, tentou assinar um termo de rendição sem o consentimento de Adolf Hitler. O acordo foi rejeitado pelos Aliados, que continuaram a atacar as tropas alemãs.
Indignado, Hilter resolveu substituir Himmler pelo comandante Hermann Gering, que logo pediu para assumir o governo alemão. Irritado com seus comandados, em um último ato, Hilter nomeou Karl Doenitz como presidente da Alemanha e Joseph Goebbeles, chanceler. Em 30 de abril de 1945, sem oferecer nenhum tipo de resistência militar, Goebbeles, Hitler e sua esposa, Eva Braun, suicidaram-se.






terça-feira, 4 de novembro de 2014

A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL - TEXTO E JOGO


Um dos principais eventos da história brasileira foi a Independência do Brasil. Realizada pelo príncipe regente D. Pedro I em 07 de setembro de 1822, o fato marcou o fim do domínio da coroa portuguesa sobre o território colonial brasileiro.
Portugal iniciou o processo de colonização do Brasil em 1500 e por mais de trezentos anos explorou economicamente a região, principalmente com o cultivo de cana-de-açúcar e a exploração de ouro e diamantes. Baseada na força de trabalho de africanos escravizados, a exploração colonial proporcionou a ampliação das fronteiras para além do Tratado de Tordesilhas, criando ainda alguns aglomerados urbanos, principalmente em pontos do litoral do Brasil.
Em 1808, a Família Real portuguesa fugiu de Portugal para o Brasil, após a invasão das tropas de Napoleão Bonaparte. Esse episódio foi extremamente importante para a Independência do Brasil, pois a presença dos membros da Família Real, comandada por D. João VI, mudou o cenário social e cultural do Rio de Janeiro, além de permitir a abertura econômica da colônia, possibilitando uma troca de mercadorias, que foi responsável por enriquecer uma camada de comerciantes que habitava o país.
Essas mudanças foram criando uma necessidade e um sentimento de separação da metrópole portuguesa, pois os membros da classe que dominava a colônia perceberam que poderiam se enriquecer ainda mais sem o controle que Portugal exercia sobre o Brasil. Outras revoltas já tinham ocorrido na metrópole com o mesmo interesse de separação, como a Inconfidência Mineira de 1789 e a Conjuração Baiana de 1798.
Em 1815, os membros da Família Real elevaram o Brasil da condição de colônia portuguesa à de Reino Unido de Portugal e Algarves. A Família Real portuguesa permaneceu no Brasil até 1821, quando em Portugal estourou uma rebelião na cidade do Porto, cujos efeitos se fizeram sentir no Brasil, gerando uma forte oposição à coroa portuguesa. Com a volta de D. João VI a Portugal, seu filho, Pedro de Alcântara de Bragança e Bourbon, permaneceu como príncipe regente no Brasil.
Porém, os comerciantes portugueses que viviam em Portugal queriam que o Brasil voltasse à condição de colônia para que fossem restaurados seus privilégios econômicos. Essa intenção desagradava os habitantes brasileiros que comercializavam nos portos.
Em 09 de janeiro de 1822, o então príncipe regente Pedro negou-se a voltar a Portugal, afirmando que, em virtude da vontade do povo brasileiro, ficaria no Brasil. Esse dia ficou conhecido como “Dia do Fico” e aprofundou os conflitos entre Portugal e Brasil. Mas o interesse de Pedro não era o de satisfazer todo o povo brasileiro, mas sim a classe que dominava política e economicamente o país.
Esses conflitos intensificaram-se até o momento em que as ações pela independência poderiam fugir do controle dos grupos que dominavam o Brasil. Com o objetivo principal de manter a unidade territorial do país e evitar divisões como as que ocorreram nas colônias espanholas, o príncipe regente Pedro decidiu proclamar a Independência, em 07 de setembro de 1822. Com essa medida, o Brasil tornou-se uma Monarquia independente de Portugal, e o príncipe regente passou a ser o imperador D. Pedro I.
Como se encontrava em viagem, a declaração de independência ocorreu às margens do rio Ipiranga, na província de São Paulo. Existem muitos mitos em torno desse fato. Um deles era o de que D. Pedro I queria melhorar a vida do povo brasileiro com a independência. Seu objetivo era manter a união do território, agradando aos interesses dos grupos que dominavam a colônia. Um indício disso é que não houve sequer menção à abolição da escravidão, o que beneficiaria o principal grupo social que habitava o país, os africanos escravizados.
D. Pedro I foi retratado como um herói nacional, seja em pinturas ou nos livros de história durante muitos anos. Entretanto, o que realmente houve foi uma mudança na forma de governar, sem alterar as pessoas que comandavam o governo. Com a Independência do Brasil, os grupos dominantes passaram a ter liberdade para ditar os rumos que o país deveria tomar.

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http://educarparacrescer.abril.com.br/1822/index.shtml